A resposta típica de um processo industrial a um salto unitário na sua entrada é apresentada na Figura 4.14.1.
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Esta resposta pode ser caracterizada por dois
parâmetros: o atraso aparente e o ganho integral equivalente
. Estes parâmetros são obtidos traçando uma reta tangente à curva de resposta
no seu ponto de inflexão, ou seja, o ponto em que
a taxa de variação da resposta é máxima. Os parâmetros são dados então pela
interseção desta reta com os eixos coordenados, conforme indicado na Figura.
Um salto de amplitude diferente da unidade pode ser usado, sendo
neste caso necessário normalizar o ganho integral equivalente dividindo-o pela amplitude
deste salto.
Note que
Ziegler e Nichols propuseram as seguintes fórmulas para cálculo dos parâmetros do controlador
a partir dos parâmetros ( e
):
Os valores nesta Tabela foram determinados de forma empírica de forma a obter uma resposta com amortecimento de 1/4 na resposta à referência para processos industriais típicos. Enquanto a rejeição a perturbações muitas vezes apresenta um comportamento satisfatório, este amortecimento usualmente não é satisfatório na resposta à referência, causando em muitos casos uma sobrepassagem excessiva e baixa tolerância a variações na dinâmica do processo. Em função destas características, outras fórmulas foram propostas e diversas modificações sobre o método são utilizadas [2]. A Tabela 4.2 apresenta fórmulas que proporcionam uma resposta mais adequada.
O método da resposta ao salto consiste portanto dos seguintes passos:
Está claro que este método limita-se a plantas cuja resposta pode ser razoavelmente aproximada pela forma da Figura 4.1. Sistemas tipicamente oscilatórios, por exemplo, não se enquadram nesta categoria. Por outro lado, método baseia-se em identificação de formas de onda, o que pode ser problemático na prática, particularmente em aplicações com baixa relação sinal-ruído. Ainda assim, o método é adequado para grande número de processos industriais.